Eu me identifico bastante com os princípios da criação
com apego, uma forma de maternagem que incentiva o afeto e o respeito à criança.
O termo é usado para identificar um conjunto de ferramentas que ajudam os pais a criar
vínculos com seus filhos, por meio do atendimento consistente e amoroso das
necessidades do bebê. Esse é o princípio mais importante, mas a verdade é que
não há regras, sobre o que pode ou não fazer. Se você não seguiu alguns dos princípios, não
significa que você será banida da comunidade e proibida de usar o termo criação
com apego, rs. A regra de ouro é: trate seus filhos como você gostaria de ser
tratado!
Eu considero que aqui em casa praticamos a criação com
apego, mesmo tendo falhado miseravelmente em alguns itens. E olha que sou super
autocrítica, exigente e determinada! Mas nem sempre conseguimos realizar tudo o que idealizamos. Uma das grandes lições que aprendi com a
maternidade é que não temos controle sobre ela! Essa falta de controle pode
enlouquecer um pouquinho os sistemáticos, como eu, mas a partir do momento que se tem essa consciência,
baixamos as expectativas e fica tudo mais fácil. Inclusive aceitar nossas
falhas e limitações.
Acho que esse é o que mais
consegui seguir à risca. Em ambos os partos fiz o que podia para prover aos
meus filhos um nascimento respeitoso e humanizado, me preparei física e
emocionalmente para recebê-los.
Tenho vontade de colocar uma
carinha de choro nesse item. ( lá vem a culpa materna). Com o Gael, fiz o
melhor que podia diante das informações que tinha na época. Amamentei seguindo
um horário, fui meio paranoica com isso, e aos seis meses exatos, desmamei. (
desculpa filho, fiz o que pude <3)
Com o Otto eu tinha
informações mais aprofundadas sobre a importância da amamentação e estava disposta
a fazê-la de forma prolongada. A livre demanda só rolou na primeira
semana, depois fui colocando um pouco de ordem no caos, mas de forma bem mais
tranquila, respeitosa e flexível. Nunca deuxei de amamentar quando ele estava com fome. Precisei complementar e perto dos 8 meses
Otto se desmamou sozinho. Mamãe ficou triste, já o filhinho nem ligou.
Confissão: Com Gael, depois de 9 meses sem dormir uma noite
inteira acabei fazendo um “método” adaptado da Encantadora de Bebês e sim,
deixei ele chorar. Estive junto todo tempo, conversando com ele, mas não peguei
no colo. De novo: fiz o melhor que podia com as informações que tinha. Achava
que seria muito bom pra ele “ensiná-lo a dormir”. Funcionou e na época fiquei
feliz. Eu realmente achava que estava fazendo a coisa certa! Mas hoje não repetiria, tanto que o Otto tem 13 meses e nunca deixei chorar nem
2 minutos. Tirando esse deslize, sempre atendi às suas
necessidades físicas e emocionais, nunca neguei colo, carinho e afeto ele tem de balde. Filho meu é criado no colo e à base de beijo.
Com Otto acho que passei com
louvor nesse item. Já ouvi de um milhão de pessoas, pediatra inclusa, que estou
mimando meu filho. Apenas porque o carrego no colo o tempo todo e o trato com
muito carinho, amor e respeito. Se isso é mimar, estou mimando sim, com muito
orgulho!
Contato pele a pele, carregar
o bebê em sling, shantala e muitos abraços. Ai que delícia tudo isso! Sling é
vida!!!! Experimente!!!
Eu acho que a família deve fazer o que
funcionar melhor pra todo mundo. Eu tenho sono muito leve e dormir com um bebê
na cama, pra mim é igual a não dormir, portanto cama compartilhada com o pequeno não rola, além disso ele dorme muito
bem sozinho no seu berço. Em noites de crise, acabo deitando com ele na cama
auxiliar que fica no seu quarto ou deito lá sozinha. Só o fato de eu estar no mesmo
ambiente já o acalma.
Meu mais velho (6 anos)
desde que saiu do berço tem acesso livre ao nosso quarto e vive pulando na
nossa cama no meio da noite. Às vezes
colocamos um colchãozinho no chão também. Nâo tem regra! O importante é que estejam todos dormindo bem!
Onde quer que seja!
Dispensa comentários.
Estou estudando e aprendendo sobre a
Disciplina Positiva agora. Algumas coisas já praticávamos aqui intuitivamente, mas
outras são realmente novidade e estamos mudando nossos hábitos agora,
principalmente com nosso filho mais velho. Raríssimas vezes cheguei a dar palmada no bumbum , mas dei. Também já gritei ( ainda grito, sorry). As palmadas foram abolidas, os gritos estou
tentando melhorar. Não sou perfeita, mas chego lá!
Acho que temos feito isso
bem. Claro que há momentos de acúmulo de trabalho, noites maldormidas que
resultam em pais exauridos, mas em geral estamos em equilíbrio sim.
É isso. E você, como é na
sua casa?
* Disciplina positiva é uma filosofia
abrangente, que ajuda uma criança a desenvolver uma consciência guiada por sua
própria disciplina e compaixão em relação aos outros. A disciplina que é
empática, amorosa e respeitosa fortalece a conexão entre os pais e seus filhos,
enquanto que a disciplina dura ou que abusa na punição enfraquece esta conexão.
O objetivo final é ajudar a criança a desenvolver o autocontrole e a
autodisciplina.